Due Diligence: sua primeira linha de defesa contra riscos ocultos

Você sabe exatamente como aplicar o Due Diligence na prática e por que ela é essencial para empresas reguladas? Descubra!

Sumário

Você realmente conhece seus clientes e parceiros antes de fechar negócio?
Antes da primeira transação, o compliance já deveria estar ativo. A Due Diligence é o filtro que protege sua operação contra riscos legais, reputacionais e operacionais — muito antes que eles se tornem problemas concretos.

Mais do que uma exigência regulatória, ela é uma ferramenta estratégica que, integrada a processos como KYC (Know Your Customer), fortalece sua governança e evita surpresas desagradáveis.

Mas você sabe exatamente como aplicar o Due Diligence na prática e por que ela é essencial para empresas reguladas? E mais: como a VAAS pode transformar esse processo com tecnologia, automação e inteligência artificial?

O que é Due Diligence?

“Due Diligence”, ou diligência prévia, é o processo de coleta, verificação e análise de informações sobre uma pessoa física ou jurídica antes de estabelecer ou manter um relacionamento comercial.

O objetivo principal é identificar riscos ocultos — como envolvimento em crimes financeiros, má conduta, lavagem de dinheiro, conflitos de interesse ou problemas reputacionais — e proteger a empresa antes de tomar uma decisão.

No contexto de KYC, KYS, ou KYE a Due Diligence é parte essencial do processo de onboarding e monitoramento contínuo de clientes, fornecedores e parceiros.

A Due Diligence cumpre um papel estratégico em organizações que precisam equilibrar agilidade com segurança. Mais do que uma etapa formal, ela funciona como um mecanismo de proteção preventiva, capaz de antecipar riscos e fortalecer a governança corporativa. 

Veja algumas de suas principais funções:

Prevenir fraudes e irregularidades cadastrais

Ao validar identidades, cruzar informações e investigar vínculos suspeitos, a Due Diligence ajuda a barrar fraudes logo no início do relacionamento — evitando que pessoas físicas ou jurídicas com dados inconsistentes ou históricos problemáticos acessem sua operação.

Cumprir exigências regulatórias

Órgãos reguladores como Banco Central, CVM, SUSEP e COAF exigem que empresas adotem políticas robustas de KYC, PLD/FT e controle interno. A Due Diligence está no centro dessas práticas, sendo essencial para garantir conformidade e reduzir o risco de sanções, multas ou perda de licenças.

 Evitar crimes financeiros

A análise diligente de clientes, parceiros e fornecedores permite identificar sinais de atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, financiamento ao terrorismo ou corrupção. Isso protege a empresa não apenas do ponto de vista legal, mas também reputacional e ético.

Blindar a reputação corporativa

Relações comerciais com indivíduos ou entidades envolvidos em escândalos, crimes ou má conduta podem comprometer seriamente a imagem da organização. A Due Diligence atua como uma barreira reputacional, reduzindo o risco de associação a práticas indesejadas.

Dar transparência e rastreabilidade à decisão de risco

Ao documentar todas as etapas do processo de análise — dados utilizados, fontes consultadas e justificativas para aprovação ou rejeição — a Due Diligence fortalece a rastreabilidade, facilita auditorias e sustenta decisões com evidência e governança.

Um relatório técnico sobre Due Diligence para bancos, elaborado pelo Comitê de Basileia, destaca que manter atualizadas as informações de KYC e Due Diligence é fundamental para a gestão proativa de riscos, especialmente em setores com alto grau de exposição regulatória, como o mercado financeiro.

Como funciona a Due Diligence na prática?

A aplicação da Due Diligence pode variar conforme o setor de atuação, o tipo de relacionamento (cliente, fornecedor, parceiro) e, principalmente, o grau de risco envolvido na operação. Ainda assim, é possível organizar o processo em cinco etapas fundamentais que ajudam a estruturar uma análise eficaz, escalável e em conformidade com as melhores práticas regulatórias.

1. Coleta de dados

O processo começa com a reunião de informações relevantes sobre a pessoa física ou jurídica analisada. Isso inclui:

  • Documentos pessoais e empresariais
  • Dados bancários
  • Estrutura societária e quadro de sócios
  • Contratos, comprovantes, declarações de origem de recursos
  • Dados cadastrais complementares e, quando aplicável, informações sobre o beneficiário final

Essa coleta pode ser feita por meio de formulários, uploads de documentos ou integração com fontes públicas e privadas. A qualidade dessa etapa é determinante para a confiabilidade de toda a análise.

2. Verificações básicas 

Nessa etapa são aplicadas verificações iniciais voltadas à validação de identidade e à detecção de riscos objetivos. 

  • Autenticidade e consistência dos documentos apresentados.
  • Consulta a listas de sanções internacionais e nacionais (como OFAC, ONU e Bacen).
  • Verificação de presença em bases restritivas.
  • Identificação de PEPs (Pessoas Politicamente Expostas) e seus familiares ou relacionados.
  • Checagem em bases cadastrais públicas e registros oficiais.

3. Análise aprofundada 

Quando a operação envolve maior complexidade ou quando surgem indícios de risco, é possível fazer uma investigação mais abrangente e minuciosa. 

Os elementos analisados são:

  • Mídias negativas, com especial atenção a menções em veículos jornalísticos confiáveis, relacionadas à corrupção, fraude, lavagem de dinheiro ou práticas ilícitas.
  • Estrutura e vínculos societários que possam ocultar conflitos de interesse, lavagem ou beneficiários de alto risco.
  • Histórico judicial e administrativo, inclusive processos em andamento ou condenações anteriores.
  • Movimentações atípicas ou inconsistentes com o perfil declarado.
  • Presença em jurisdições sensíveis ou paraísos fiscais.

Estudos como o Due Diligence Dinâmica reforçam a importância dessa prática adaptativa, guiada por risco e sustentada por tecnologia.

4. Decisão e registro

Com base nos dados analisados, é tomada uma decisão sobre a continuidade ou não da relação. 

Esta decisão deve ser:

  • Justificada com base nas políticas internas e nas evidências coletadas.
  • Documentada em um dossiê que inclua todas as etapas, fontes consultadas, análises realizadas e histórico de revisão.
  • Auditável, permitindo a rastreabilidade completa do processo para fins regulatórios, de auditoria ou investigação futura.

A qualidade da documentação é um fator-chave de proteção institucional e governança.

5. Monitoramento contínuo

A Due Diligence não se encerra na aprovação inicial. O risco é dinâmico, e relações comerciais podem se transformar ao longo do tempo. Por isso, o monitoramento contínuo que permite::

  • Detectar novas menções em mídias negativas.
  • Identificar alterações societárias relevantes.
  • Monitorar inclusão em listas de sanções.
  • Reavaliar riscos diante de mudanças geográficas, regulatórias ou comportamentais.

O relatório Due Diligence for banks destaca que manter os dados de KYC e Due Diligence atualizados é essencial para a gestão proativa de riscos — sobretudo em setores regulados e de alta exposição, como o financeiro.

Os desafios da Due Diligence no dia a dia

Apesar de sua importância, a Due Diligence tradicional enfrenta vários gargalos. Processos lentos e manuais;

  • Fontes desconectadas que exigem buscas múltiplas;
  • Falsos positivos que travam a operação;
  • Falta de padrão e rastreabilidade;
  • Dificuldade de manter atualizações frequentes.

Segundo artigo publicado no Consultor Jurídico, muitas empresas ainda tratam a Due Diligence como uma formalidade burocrática, deixando de adotar medidas tecnológicas que poderiam trazer mais segurança e eficiência à análise.

Como a VAAS transforma a sua Due Diligence em cinco passos

A VAAS automatiza o processo de Due Diligence de ponta a ponta, com recursos projetados para atender times de compliance e risco.

  1. Dados conectados

São mais de 40 fontes de dados públicos e privados, incluindo listas restritivas, mídias negativas, bases governamentais e registros comerciais.

  1. Inteligência Artificial para análise de risco

Os Agentes AI ajudam a reduzir falsos positivos, priorizar riscos relevantes e aprender com os padrões de decisão da sua operação.

  1. Dossiê completo e auditável

Cada análise gera um relatório estruturado, com informações cruzadas, fontes de dados, motivos de cisão e logs de acesso e edição. 

  1. Regras de decisão configuráveis

Cada equipe define os critérios de bloqueio, aprovação e alerta, sem depender de código ou desenvolvedores.

  1. Monitoramento contínuo e alertas automáticos

A VAAS acompanha sua base de clientes e parceiros em tempo real. Caso surja uma nova sanção, notícia negativa ou alteração societária, você será notificado imediatamente.

Você percebeu com esse conteúdo que, Implementar processos de Due Diligence estruturados, contínuos e bem documentados é o que permite às organizações prevenir exposições desnecessárias, atender exigências regulatórias e estabelecer relações comerciais mais seguras e sustentáveis.

Mais do que um custo ou uma obrigação, a Due Diligence é uma ferramenta de proteção e governança — especialmente quando integrada, de forma inteligente, a práticas como KYC e monitoramento contínuo.

 Fale com a VAAS e veja como funciona na prática

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